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sexta-feira, janeiro 23, 2004

A ASSASSINA ROUCA (parte 4)

Aviso: esta historia ameaça chegar ao fim, portanto fãs (se houverem), não desesperem, pois todas as grandes histórias teem sempre sequelas... mas esta não é uma grande história, pois não? Ok, esqueçam! Leiam mas é esta parte, que vos garanto que será emocionante!


Ao verificarmos que a luz foi-se abaixo o meu pai constatou: "Existem dois grandes problemas nas instalações de iluminação quer pública ou privada, que são a manutenção das instalações e a factura eléctrica da potência consumida. As sobretensões na tensão de alimentação, durante as horas nocturnas, reduzem o tempo de vida útil de uma lâmpada. Existem estudos que afirmam que 10% de sobretensão equivalem a menos 50% de tempo de vida para uma lâmpada". Depois de isto dito eu e a minha mãe ficámos a olhar atónitos para ele. Devido ao reflexo do luar, o meu pai pode observar as nossas expressões e, embaraçado, disse: "É melhor irmos buscar umas velas". Concordámos e no percurso para a cozinha ele voltou a surpreender-nos dizendo: " Por falar em velas de cera, sabiam que a cera é uma substância tenra e amarelada que se funde entre 35 a 100º C e é miscível com corantes. Existem ceras de origem animal, vegetal, mineral e sintética. Primeiramente, o nome foi utilizado para designar a única cera então conhecida, a de abelhas, e depois passou a denominar produtos que se lhe assemelham quimicamente. Modernamente, consideram-se ceras quaisquer materiais cerosos que, apesar de suas diferentes composições químicas, apresentem características físicas semelhantes". Assustado com a súbita inteligência do meu progenitor, desorientei-me e, também por estar escuro, bati com a cabeça na parede. Ainda hoje tenho o galo, porra! Continuando, fomos buscar a vela e pusemo-la na mesa. Observámos todos atentamente à pequena chama que ia lentamente consumindo a vela e fazendo-a "chorar" lágrimas de cera. Como que hipnotizado por aquele momento, coloquei a mão em cima do fogo, porém não queimou. Intrigado aproximei a mão um pouco mais do lume ao ponto de o tocar.
A minha mãe, com medo de eu me queimar, deu-me um safanão no braço. Isto fez com que eu tocasse despropositadamente na vela fazendo a cair sobre os meus pés. Como estavam humidos devido ao alcool (ver parte 1), a vela pega fogo aos meus pés de uma maneira incrivelmente descontrolável. Eu aflito, claro está, gritava: "AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!". Fui a correr para a casa de banho, mesmo com os pés a arder. Depois de ter lá chegado banhei os meus pés em água, de modo a sentir-me aliviado. Tão aliviado que até-me vim! Os meus pais é que não acharam graça nenhuma ao meu precauço. Mas estas coisas de facto acontecem muito quando somos adolescentes! No outro dia estava a... bom, continuando: perante este acontecimento terrivel, a minha mãe desfez-se em desculpas e o meu pai disse o seguinte: "Isso parece-me uma queimadura de 2º grau. As queimaduras deste tipo apresentam vermelhidão e bolhas ou seja lesões de camadas mais profundas da pele". Mesmo perante o nosso ar de assustados ele continuou com a sua teoria: "O conceito de queimadura diz-nos que são lesões decorrentes da acção do calor sobre o organismo, portanto...". Não chegou a acabar a frase, pois a minha mãe deu-lhe um pontapé na barriga, o que o fez cair e pôs-se em cima dele dizendo: "Quem és tu e o que fizeste ao meu marido, ah?!?". Vendo bem que aquele não podia ser o meu pai, pois o mesmo jamais diria coisas tão inteligentes, perguntei: "Sim quem és tu! Diz-nos!!".
A tal inigmática personagem tira a máscara do meu pai e revela-se. Era uma mulher com uns 25 anos e bastante bonita.

A continuação e finalização desta história, única e fantástica, será "postada" em principio nesta sexta-feira.

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