<$BlogRSDUrl$>

quinta-feira, janeiro 15, 2004

A ASSASSINA ROUCA

Um telefonema misterioso


Às 16:45 foi interrompida a minha meditaçao repousante que faço todas as tardes (aka sesta) por uma campainha extramamente irritante. Sobressaltado bati com o braço num copo de água que estava na minha mesinha de cabeceira. O copo de vidro ao entrar em contacto com o chao a uma velocidade extramemente razoável, devido à altura da mesinha de cabeceira, parte-se e os cacos espalham-se pelo chao. Eu estremunhado pouco liguei e dirigi-me mesmo descalço para fora do meu quarto, arrependendo-me logo de seguida, pois os cacos feriram-me os pés todos deixando-os num estado lastimoso. Apercebi-me logo que aquele nao era o meu dia de sorte. Porém o azar nao tinha acabado. Continuando: ao descer as escadas, tentando suportar as dores malditas que sentia, tropecei num degrau e caí. A queda nao foi propriamente suave, pois as minhas escadas sao estreitas e nao teem corrimao no lado direito, e como a minha queda se efectuou para o lado direito, desci mais rapidamente ao resto chao. Levantei-me cheio de dores e estupidamente obcecado por saber de onde vinha aquele som misterioso, apercebendo-me logo em seguida que era o telefone. E na realidade o telefone estava no 1º andar! Amaldiçoando a minha pouca sorte, subi as escadas sem cair desta vez, mas ao chegar lá acima tive de voltar a pisar os cacos de vidro de novo, ferindo mais ainda os meus pés, para atender o maldito telefone que sempre esteve na mesinha de cabeceira no meu quarto!
Ao atender o telefone ouvi uma voz feminina mas enrouquecida: "Quem fala?". Enervado respondi: "Isso desejo eu saber!". Todavia a resposta nao era a que eu esperava: "Eu quero saber quem fala?". Realmente enervado apeteceu-me ser malcriado, mas contive-me e disse: "Desculpe lá, mas a senhora é que telefonou para cá, logo eu tenho direito de saber quem é e para quem quer falar!" MR (Mulher Rouca): "Han?". F (Filipe): "Pode-se saber quem é?". MR: "Quem fala?". F: "É o Filipe. Mas para quem deseja falar?". MR:"Han?". F: "Para quem deseja falar!?". MR: "É a casa da Helena?". F: "É, mas ela nao está, se quiser deixar recado, diga". MR: "Olha, Fábio diz à Helena que o tal dentista tem o consultório na Rua da Abércola, perto do Feijó". F: "Está bem. Eu digo" MR: "Olha lá Fábio, tu és o filho da Helena, nao?" F: "Sim sou, mas chamo-me Filipe". MR: "Ah, está bem. Entao adeus, Felicio". F: "Filipe". MR: "Felipe". F: "Filipe!". MR: "Filicio!". F: "FILIPE, **DASSE!!!!!".
Mas infelizmente a minha ultima frase nao tinha sido ouvida pela maldita mulher que me veio trazer tanta desgraça a tao belo dia.

A continuaçao desta aventura fantástica será postada o mais tardar neste fim de semana.

This page is powered by Blogger. Isn't yours?