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segunda-feira, agosto 16, 2004

3º Conto Parvo - A Lenda do Guna Artur

Reza a lenda que em Kamelot, durante a Idade Média, houve um guna que aterrorizava todos os habitantes. E é aqui, no Blog do Parvo, onde a história será contada pela primeira vez.
Estava Guida com os seus amigos no Kamelot Fórum, mais especificamente naquela loja de colans, quando entra Artur juntamente com a sua crew.
- Oh não! Os Gunas da Tábua Redonda! - exclamou, secamente, Jorge (um dos amigos de Guida). Provavelmente, a crew de Artur deve ter ouvido o que ele dissera, o que fez com que fossem ter com ele pedindo satisfações.
- Comé, beto? Tavas aqui a gozar cos manos para quê?
- Eu n-não tava a gozar... a s-s-sério... - disse Jorge, atrapalhado. Artur mostrou-se pouco convencido com as desculpas dele.
- Hmm? Vejo que tens aí um belo relógio da Oh Mega.
- Não, por favor o relógio não! - implorou, inutilmente, Jorge.
- Tá calado se não queres que eu te xine! Bem, beto, tu com um relógio desses só me deixas uma hipótese...
E então Artur deita a mão ao bolso e retira de lá um objecto perante o olhar apavorado da sua "vítima".
- Giro-te este relógio, beto, e é bom que te despaches a agarrá-lo antes que eu também te dê o meu boné da Bufo e as minhas calças da Timberlake!
- Mas... chuif... eu não quero... chuif... - disse Jorge, começando a chorar.
- Lança Lotes, gira-lhe as tuas botas de pele de crocodilo! - ordenou Artur a um dos seus companheiros.
- Deixem-no em paz e parem de lhe dar coisas, seus... seus malandros! - exclamou, corajosamente, Guida.
- Dama, não penses que por seres fêmea não te damos os nossos ténis da Reboque. Até te digo mais, como castigo estoiramos-te toda!
Guida recuou, assustada, perante as ameaças que lhe foram proferidas. O seu amigo Jorge chorava desenfreadamente por lhe terem oferecido o tal relógio, as botas e ainda mais um fio em ouro.
Deus, perante a injustiça que os seus olhos não puderam deixar de ver, diz, na sua voz cavernosa:
- Aquele Artur merece uma lição! Que cheiro?? Rita, quantas vezes já te disse para não fumares na minha cama?!
- Desculpa, deus. É que depois do acto sabe sempre bem um cigarrinho...
Apaga mas é isso! Tu deves querer-me matar de cancro!
- Err... Mas tu não és imortal e invulnerável a todo o tipo de doenças?
- Achas mesmo que sim? Se fosse assim tão invulnerável não usava preservativo.
- Ah! Eu pensava que não usavas para não me engravidar. Depois ainda podia sair outro Messias chato, não?
- Pois. Também por isso.
- Ouve lá, quando engravidaste Maria, ela era mesmo virgem? - perguntou, curiosamente, Rita.
- Hmm... Antes era... Bem, isso agora não interessa! Quanto é que eu te devo?
Depois de pagar o que devia à Rita pelo serviço que lhe prestara, o Senhor foi para o seu escritório meditar sobre o que deveria fazer ao arrogante Artur.
- Já sei! - exclamou deus - Vou fazer um guna ainda mais poderoso que Artur e este o vitimará.
E então, através do vento, do pó, dos ácaros, da humidade, daquelas formigas que têm asas, dos porcos voadores e dos cereais Choca e Pica deus fez a guna Morgue Ana. Mas como achou pouco, decidiu fazer um guna maior e mais poderoso. De várias misturas entre estrôncio e potássio, saiu o mago Mer Lin. Deus, satisfeito com o seu trabalho, mandou-os à Terra e ordenou que "atrofiassem" com Artur.
­Artur estava sozinho em casa, tentando descodificar o canal 35, quando aparecem vindos do ar que entrava pela janela aberta, Mer Lin e Morgue Ana.
- Ei! Quem são vocês?
- Eu sou o gajo que comeu a tua mãe ontem! - disse Mer Lin, maliciosamente.
- Ah, ok. Então põe o dinheiro em cima da secretária, que quando ela chegar do trabalho eu aviso-a.
- Tu tás a gozar connosco? - perguntou Morgue Ana, de um modo ameaçador.
- Eu não...
- Bem, beto, como vejo que tás a armar-te em chefe sabido vou te girar esta espada.
- Pó ***alho!
Mer Lin congela lhe os músculos, proibindo Artur de recusar tudo o que lhe davam.
- E como és mal-educado não te damos esta espada ferrugenta, mas sim a Ex-Malibut, a espada do rei.
- E eu dou te a cidade de Kamelot!
- E eu oriento-te o reino de Inglaterra!
- E eu giro-te aquela gaja boa, a Guida!
Artur, não se podendo mexer o que o impossibilitava de espancar aqueles dois indivíduos e recusar tudo o que lhe davam, limitou-se a chorar, chorar como os betos com quem se metia.
E foi assim que Artur se tornou Rei de Inglaterra.

Moral da História: Não faças mal aos outros a menos que queiras ser Rei.

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