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quinta-feira, agosto 26, 2004

4º Conto Parvo - Yarkirado Tomartanins Parte 1: A Demanda Pelo Número Sagrado

No antigo Japão, terra do karaté, terra dos samurais, terra da arte shinobi, terra do sushi, terra do Sol Nascente, terra das bolas do dragão, terra dos marinheiros lunáticos, terra dos bicos aos olhos, terra dos valores, terra das histórias de porrada, terra dos gajos que se descalçam ao entrar, terra da iguana mais famosa do Mundo, terra dos shurikens (aqueles objectos cortantes que aparecem do nada vindos lançados contra nós), terra dos homens-rãs, terra da educação exigentíssima, terra dos deuses gordos, terra vizinha da terra do arroz, terra portadora de pneumonias atípicas, terra dos desenhos com olhos grandes, nasceu e viveu um homem de nome Yarkirado Tomartanins.
Este jovem, na sua adolescência, ficou apanhadinho por uma gótica e passou a não dizer coisa com coisa, não que antes dissesse alguma coisa de jeito mas, realmente depois de a ver, ficou mais tolinho.
Querendo destruir "a barreira" que os separava, tentou descobrir o número de telemóvel da dita cuja. Falou então com o professor Karamba, especialista em bruxaria branca, azul-clarinha, lilás, grená, amarelo-esverdeada, cor-de-vinho, cor-de-rosa, púrpura, verde-turquesa, vermelha-jade, preto-russo, roxo-eslovaco, castanho-escuro-dinamarquês e cinzento-unha-dos-pés-de-javalis-islandês. O professor Karamba disse que para este ter o número de uma gótica tinha de subir a Montanha da Morte, pois lá em cima encontrava-se um feiticeiro que tinha o número de telemóvel de todas as gajas que existiam no Japão, naquela altura.
Yarkirado partiu então para a aventura, sem saber o que o esperava. Rapidamente subiu os primeiros cem metros de carreiro que iam dar a uma caverna misteriosa. Lá dentro encontrou uma tribo de Orcs. Estes seres têm como características serem feios, baixos, entroncados, mal-cheirosos, maldosos, malévolos, viciosos, obscenos, pedófilos, mórbidos, violentos, agressivos e rebarbados. Os seres, que outrora foram elfos, perguntaram a Yarkirado:
- Qué que fazes aqui, "góticó"!? Não me digas que vens armado em espertalhão tentar nos matar?
- Hmm? Então mas vocês são orcs ou são ursos?
E então, surpreendentemente, os estranhos seres tiram as máscaras de orcs mostrando a sua verdadeira identidade: eram, de facto, ursos! A tribo dos Ursos entra toda para dentro de um carro estacionado e oculto também na caverna e começa a perseguir Yarkirado. O carro tinha neons azuis, sirenes, "saias", jantes da Alpine e estava equipado com duas bombas de óxido nitroso. Yarkirado fugia do carro enquanto este corria cada vez mais rápido para o alcançar. A perseguição acaba quando um iraquiano se lembra de fazer um atentado suicida àquela caverna, como forma de mostrar o seu desagrado perante a união do Japão com os E.U.A. O iraquiano entra dentro de uma retro escavadora, equipada com explosivos de TNT, e escava até àquela gruta indo depois contra o carro dos ursos, permitindo a Yarkirado continuar o seu caminho sossegadamente.
Depois de ter andado uns 50 metros, este apercebeu-se que havia uma abertura que ligava para um enorme jardim. Mal ia a entrar, o nosso herói teve de se esquivar de uns shurikens que se lembraram de passar ali naquela hora. Mais adiante encontrou umas ninfas que o tentavam impedir de continuar o seu caminho, persuadindo-o. Ninfas são as divindades femininas secundárias associadas à fertilidade e identificadas de acordo com os elementos naturais em que habitavam, cuja fecundidade encarnavam.
Elas chamavam-se Lip Ah, Sahah Rah e Leyha e deram todas o seu número ao Yarkirado, mas este, apesar do coro que desperdiçava com elas no telemóvel, não lhes ligou grande importância e seguiu o seu caminho até ao cimo da montanha. Demorou cerca de 12 horas a concluir a viagem. Estafado, e avistando, finalmente, o cume da montanha, sentou-se numa rocha encostando-se a uma parede verde, escamosa, com asas e focinho de lagarto. Curiosamente a parede também deitava fumo das narinas quando expirava, mas Yarkirado estava demasiado cansado para averiguar que tipo de parede era aquela e adormeceu. Porém, a parede devia estar com fome pois engoliu-o de um só trago.
Dentro da barriga do enorme ser, Yarkirado avista um homem de elevada idade e de vestes compridas.
- Quem és tu? - pergunta Yarkirado.
- Eu sou o Feiticeiro da Montanha.
- Eh, também foste comido por esta estranha parede?
- Isto não é uma parede, idiota! É um dragão!
- Hmm? Mas o narrador tinha escrito que era uma parede?
- Bah! Ele é parvo!
Parvo és tu, feiticeiro do catano!
- Pó ***alho!
Olha me o gajo! Se continuas com essas merdinhas elimino-te da história e digo que um colega do amigo do Yarkirado é que lhe deu o número da gótica!
- Tss! Não tens coragem! E além do mais assim a história não faria sentido algum...
Ah, não?
Yarkirado pede o número da gótica a um colega de Feliciahnno. Este dá-lho e Yarkirado começa a bater o coro à gaja, primeiro com uma mensagem.

Moral da história: Será divulgada na Parte 2.

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