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segunda-feira, outubro 25, 2004

6º Conto Parvo - Tóre, o Carpinteiro

Tóre vivia na cidade onde morava. Este desempenhava a profissão de carpinteiro e era conhecido como o Deus do Trovão porque fazia o seu trabalho da maneira mais barulhenta possível. Ele também fazia uns biscates como costureiro nas horas vagas para ganhar mais uns trocos, pois era pai solteiro. Tinha por hábito dar nome aos seus objectos e decidiu chamar ao seu martelo Mário João Ostra Lourenço Nunes Ivandro Rupestre. Devido ao tamanho do nome, ele decidiu o chamar antes pela sigla: MJOLNIR.
O Deus do Trovão fazia inúmeras coisas com o seu martelo: coçava as costas, comia sopa, bebia aguardente, engatava miúdas, cozinhava, engomava, mudava as fraldas ao filho, fazia a barba, dava porrada nos gajos que o chateavam e pregava uma madeira ou outra durante o trabalho.
Um dia, enquanto trabalhava numa escola, um rapazito com uns quilitos a mais e inteligência a menos veio se armar em esperto com ele. Depois de um quase combate mortal entre o nosso herói, o "gordo violento que só ameaça" e um cabeçudo que reivindicava que Tóre lhe tinha sujado as calças, sem este sequer ter tocado nelas, aparece a mãe do autor.
- Onde é que estará a minha vassoura vermelha...?
- Mãe! O que fazes aqui? Isto pode ficar perigoso a qualquer momento! - diz o autor, saltando da narração para dentro da história graças a uma catapulta que se encontrava na sua sala de estudo ao lado do móvel, deixando a escrita do narrador para o Otário Benquerença.
- Perigoso? Achas? Para já o jovem Tóre não vai bater em putos porque nem vale a pena, e depois as crianças só tão assim maldispostas porque estão a perder o Shin Chen.
- Hmm, se tu o dizes...
- Agora com licença que vou só procurar a minha vassoura vermelha. - disse a mãe do Parvo, desaparecendo daquele sítio.
- Então vamos mas é esclarecer as coisas calmamente. "Rodolfo", tem calma que vês a repetição no Sábado e tu, das calças sujas, não culpes o Tóre por algo que ele não fez!
- Fez sim!
- Não, não fez!... Ugh! Argh!
- Hey! Parem de agredir o autor, suas caras de cão sodomita! - riposta o nosso herói, mas sem razão.
- Sem razão!? Eles agrediram-me, porra! Se tivesse dentro de uma grande área seria penalty! - replica, também erradamente, o Parvo.
- Erradamente? Mas que merda é esta?!
Cuidado com a linguagem, meu amigo! Olhe que ainda leva um cartão amarelo!
- Bolas, man! Só falta dizer que não viste ele a me pontapear o estômago?!
Nem eu nem o assistente vimos tal coisa!
- Raios partam! Seu árbitro incompetente!! Não serves nem para narrar uma história fielmente, quanto mais para "apitar" um derby! - afirma o Parvo, agarrando algumas pedras no chão para me atirar...
Bem, vou deixar a narração ao cargo do gajo que foi pedir uma fisga a alguém para me lixar a vida. Fui!... Ok, sou eu, o SSS, e tou de volta à narração, caros leitores. Peço-vos desculpa por esta confusão. Se virem o Benquerença, atirem-lhe uma pedra à cabeça por mim. Continuando:
Tóre, furioso levanta um carro que estava ali perto, com os seus braços dotados de uma força sobre-humana. Porém, os putos ao se sentirem ameaçados foram chamar os amigos que de perigosos nada tinham, pois até eram mais pequenos que eles. O "gordo violento que não passa sem ver o Shin Chen" ao sentir as "costas quentes" ameaçou Tóre:
- Olha que levas!
- Tu e eu falamos para o mês que vem! Mas falamos de uma maneira diferente! - disse o jovem das calças sujas, "pondo-se ao fresco".
O nosso herói, irritado, atira o carro impiedosamente contra o puto que fugia, sujando-lhe a camisola e partindo-lhe três costelas. Durante o choque, salta um boneco do Action Almost Man do bolso do "cabeças que não sabe o que é uma máquina de lavar".
Ele ao ver o seu brinquedo preferido no chão, recuperou das graves feridas, apanhou-o e foi falar com Tóre.
- Ena pah, obrigadão! Não me lembrava onde tinha posto este boneco.
- Yá! Desculpa lá por aquilo de há bocado. Afinal és um gajo porreiro! Qualquer dia convidamos-te para jogares PS2 ou então para chamarmos góticos a uns gajos que andam cá na escola. É muito divertido, acredita! - disse o "Rodolfo", com um sorriso nos lábios.
- Hmm, ok. - disse Tóre, achando estranha aquela súbita mudança.
- Olha! Por falar neles, 'tão ali os góticos! 'Bora persegui-los e atirar-lhes coisinhas para os irritarmos enquanto que nos rimos que nem uns cavalos!!
E dito isto foram todos divertidos atrás de uns gajos chamando-os de "góticos" e fazendo figuras tristes, deixando o nosso herói sozinho.
- Bem, isto foi um momento esquisito... - murmurou Tóre enquanto caminhava para o escadote a fim de pregar as ultimas tábuas que lhe faltavam. Enquanto passava por um arbusto uma cobra sai de lá e pica-lhe o pé injectando-lhe o seu veneno mortal. O nosso herói ainda matou o malvado réptil, mas morreu, pois ninguém quis lhe chupar o veneno, dizendo que ele cheirava mal dos pés. Até o seu pai Ode In recusou.
Agora, os crentes das lendas nórdicas, crêem que Tóre regressará um dia e comprará mortadela para todos os humanos, todas as sextas feiras no Pingo Adocicado, para que ninguém morra à fome.

Moral da história: Não gastem dinheiro em comida, pois o Deus do Trovão encarregar-se-á disso.

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